domingo, 5 de fevereiro de 2012

Romântico, pânico, caos

Aqui vai mais uma verborragia.
A situação está realmente tensa por essas bandas. Como se não bastasse o total descaso do poder público com a aparência e a infra-estrutura da cidade, coisa que já vinha se notando há uns meses, eis que na semana passada explode uma greve policial. No começo tímida e desacreditada, ideia de uma associação pequena e sem notoriedade, logo expandiu-se causando terror e medo na população. Tensão pura, homicídios e assaltos mil. Os policiais realmente merecem um tratamento melhor e remuneração digna, mas não deveria ser preciso chegar ao ponto de incitar o caos para chamar atenção. Tem que ver isso aí.
Felizmente os efeitos negativos dessa greve não me atingiram diretamente, e isso não é questão de "viver numa redoma", visto que saí de casa algumas vezes durante esses dias. É questão de sorte, creio eu. Ou de "deus", como dizem outros. Prefiro a primeira opção. Ao que parece, as coisas estão muito perigosas mundo afora, mais do que de costume. Isso quer dizer que amanhã não sairei de casa. Não só eu, como muitos outros indivíduos soteropolitanos - razão pela qual as ruas andam vazias como num eterno domingo. E aí é que está uma das coisas que vem doendo bastante em mim nos últimos dias: a saudade de quem eu amo. A saudade de quem está distante 17km daqui e não pode vir porque o campo de batalha está mais intenso pro lado de lá. A saudade de quem eu não vejo há mais de uma semana. É, eu sei, isso é bom para exercitar o sentimento. Eu sei, isso não desfaz os laços. Mais importante, sei que é melhor que esse alguém fique em casa vivo em vez de sair de casa para vir me ver e ficar pelo caminho. Mas saudade dói tanto...
Nessa onda de saudade, lembro também dos amigos. Me peguei pensando muito neles no último final de semana. Lembrando das manhãs que passava com eles, dos tapas, dos sorrisos, das discussões, dos abraços, dos almoços, das loucuras. Dá saudade também, obviamente, da boa, velha e amada música, na qual eu ainda pretendo investir paralelamente. De tanto dizerem que não devo desperdiçar esse "talento", sinto falta de poder cantar o que gosto acompanhada de quem gosto. Melancolia e nostalgia. Um coquetel estranho.

O que ando ouvindo: músicas pelas quais tenho uma queda. Aqui vão as da semana.
O Circo - Rita Lee e Roberto de Carvalho / Uma música da qual falo muito no twitter. É lindamente melancólica, poética, singela. Eu a sinto muito profundamente. E amo os arranjos dela, uma coisa tão caixinha de música, tão meiga, tão "lágrima de emoção".

Dance The Night Away - Vogue / Música da era disco que me cativou profundamente. Descobri-a por ser a primeira faixa de um LP que eu só ouvia a segunda faixa. Gostei dos arranjos.
Pertinho de Você - Elisângela / Acredite. Fico pensando que eu deveria ter escolhido essa música para uma peça que fiz em 2010, ambientada nos anos 70, com a tchurma da discoteca como protagonista. Era uma adaptação de Dom Casmurro. Por isso, quando essa música toca em festas de família, fico imaginando o que eu teria feito com ela.
S.O.S. - ABBA / Faz parte da minha atual lista de "futuros covers que talvez eu nunca faça". Mais uma que ouço pra pensar no que pretendo fazer num possível cover.

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