Borboletas no estômago para uns. Mero exercício de línguas e luxúria para outros. Há também quem pense que ele não existe, e quem o idealize demais a ponto de achar que tudo são flores. Há quem pense que está condenado a ficar sem ele. Essa coisa de amor tem várias facetas e é percebida de várias formas. E eu ando redescobrindo a minha experiência com ele dia após dia.
Havia uma Juliana de oito anos que pensava amar e queria viver coisas de gente grande, mas nada sentia. Havia uma Juliana de doze anos que inventava sentimentos e perseguia seus objetos de atração de forma ligeiramente psicótica. Havia uma Juliana de treze anos que se rendeu aos encantos de um amor distante e foi aí que sua vida deu um certo giro. Nessa ocasião ela descobriu a paixão etérea, sublime, impossível, cheia de frufrus. Que ela pensava ser amor, mas na verdade era só um deslumbramento esquisito. Uma história que acabou mal e ensinou muito. E pouco tempo depois surgiu uma Juliana de quatorze anos, mais madura, vendo florescer uma nova rosa do amor no solo do seu coração. Sem pressa, do jeito que tinha que ser, um passo de cada vez. E foi assim que essa rosa se firmou e se manteve.
Desde essa época eu tenho lapidado minhas concepções de amor. No começo inocentes, hoje um pouco mais profundas e cheias de nuances. Acho que hoje sei o que é amor romântico. Está certo que essa descoberta de "o que é amor" é muito relativa, pessoal e intransferível, mas vou tentar resumir minha percepção disso tudo.
Amar é não querer perder a pessoa nem na pior das brigas. Amar é fazer concessões quando necessário. Amar é misturar a mulher, a menina, a namorada, a amante e a amiga. O amor não é aquele mar de rosas com purpurina colorida, mas não é uma selva de espinhos. O amor não obedece a estereótipos, é lindo à sua maneira.
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