quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Nanquim (poema)

Poema medíocre escrito num momento de confusão.
Era uma menina desenhada por minhas mãos
Leves, como leve era o vestido voando ao vento
Como balançavam nada lentos seus cabelos
Num átimo de segundo além da percepção

A fim de voar carregava alguns balões
Nas mãos que minha mão criou habilmente
Quis ser diferente, dispensou as asas
Para ganhar o mundo sem quaisquer restrições

Então me lembrei das grades e prisões
Que por vezes tentavam prender-me, ferozes
Acorrentei minha pobre criatura ao chão
Como a realidade destruía as doces ilusões

Foi quando larguei a caneta nanquim
E me afastei para ver a aparência final
Que me espantei ao vislumbrar no papel
Um reflexo total e fiel de mim.
(14/2/2012)

Um comentário:

  1. Mas que belo escrito Srta. Juli. Bem envolvente e agradavel de se ler...
    Já estou lhe seguindo por aqui minha querida, estarei conferindo teus belos post sempre que eu poder ^^
    Bjos e até breve...

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