- A coisa mais interessante para a maioria das pessoas é festa, e eu fico perplexa. Tem gente que já quer o São João ou até mesmo já quer o Carnaval do ano que vem. A vida não é só confete.
- Crescer é complicado (e essa é uma constatação não tão recente assim). Ando morrendo de medo disso tudo. E "tem certas coisas que a gente não consegue controlar", infelizmente.
- Talvez eu não seja uma cantora tão boa.
- Os "amigos eternos" às vezes não fazem questão de te ver pessoalmente.
- Tudo acaba.
- Loucura é fundamental.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Nanquim (poema)
Poema medíocre escrito num momento de confusão.
Era uma menina desenhada por minhas mãosLeves, como leve era o vestido voando ao vento
Como balançavam nada lentos seus cabelos
Num átimo de segundo além da percepção
A fim de voar carregava alguns balões
Nas mãos que minha mão criou habilmente
Quis ser diferente, dispensou as asas
Para ganhar o mundo sem quaisquer restrições
Então me lembrei das grades e prisões
Que por vezes tentavam prender-me, ferozes
Acorrentei minha pobre criatura ao chão
Como a realidade destruía as doces ilusões
Foi quando larguei a caneta nanquim
E me afastei para ver a aparência final
Que me espantei ao vislumbrar no papel
Um reflexo total e fiel de mim.
(14/2/2012)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
parágrafo de devaneio
Às vezes eu sinto o peso de não ter aprendido teoria musical. Queria ter sido uma dessas crianças que aprenderam piano ou qualquer outro instrumento na infância. Concluo que não tenho a menor paciência pra ser autodidata a essa altura do campeonato, mesmo conhecendo autodidatas muito bons e tendo certa noção de música. A mim resta apenas cantar: eis a única arte que aprendi a exercer sem regras acadêmicas, apenas com o uso do ouvido.. O grande problema é que um cantor não sobrevive de apresentações a cappella, ainda mais em se tratando do tipo de cantora que eu queria ser. E a coisa é bastante complicada para conseguir músicos que me acompanhem: sou um tanto exigente ao pensar em quem formaria minha banda imaginária. Os músicos que conheço têm algumas incompatibilidades de preferências (e gênios). Fora a eterna falta de tempo e espaço para encontros e ensaios... Eu falo, falo tanto que gosto de música e que sinto saudade dela, mas na verdade a saudade não se refere apenas aos palcos. É, também, saudade da constante descoberta musical presente nos ensaios e encontros. Espero que um dia eu possa formar minha "trupe delirante" de músicos que estejam dispostos a descobrir isso tudo comigo.
Sonha, Juliana.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Romântico, pânico, caos
Aqui vai mais uma verborragia.
A situação está realmente tensa por essas bandas. Como se não bastasse o total descaso do poder público com a aparência e a infra-estrutura da cidade, coisa que já vinha se notando há uns meses, eis que na semana passada explode uma greve policial. No começo tímida e desacreditada, ideia de uma associação pequena e sem notoriedade, logo expandiu-se causando terror e medo na população. Tensão pura, homicídios e assaltos mil. Os policiais realmente merecem um tratamento melhor e remuneração digna, mas não deveria ser preciso chegar ao ponto de incitar o caos para chamar atenção. Tem que ver isso aí.Felizmente os efeitos negativos dessa greve não me atingiram diretamente, e isso não é questão de "viver numa redoma", visto que saí de casa algumas vezes durante esses dias. É questão de sorte, creio eu. Ou de "deus", como dizem outros. Prefiro a primeira opção. Ao que parece, as coisas estão muito perigosas mundo afora, mais do que de costume. Isso quer dizer que amanhã não sairei de casa. Não só eu, como muitos outros indivíduos soteropolitanos - razão pela qual as ruas andam vazias como num eterno domingo. E aí é que está uma das coisas que vem doendo bastante em mim nos últimos dias: a saudade de quem eu amo. A saudade de quem está distante 17km daqui e não pode vir porque o campo de batalha está mais intenso pro lado de lá. A saudade de quem eu não vejo há mais de uma semana. É, eu sei, isso é bom para exercitar o sentimento. Eu sei, isso não desfaz os laços. Mais importante, sei que é melhor que esse alguém fique em casa vivo em vez de sair de casa para vir me ver e ficar pelo caminho. Mas saudade dói tanto...
Nessa onda de saudade, lembro também dos amigos. Me peguei pensando muito neles no último final de semana. Lembrando das manhãs que passava com eles, dos tapas, dos sorrisos, das discussões, dos abraços, dos almoços, das loucuras. Dá saudade também, obviamente, da boa, velha e amada música, na qual eu ainda pretendo investir paralelamente. De tanto dizerem que não devo desperdiçar esse "talento", sinto falta de poder cantar o que gosto acompanhada de quem gosto. Melancolia e nostalgia. Um coquetel estranho.
O que ando ouvindo: músicas pelas quais tenho uma queda. Aqui vão as da semana.
O Circo - Rita Lee e Roberto de Carvalho / Uma música da qual falo muito no twitter. É lindamente melancólica, poética, singela. Eu a sinto muito profundamente. E amo os arranjos dela, uma coisa tão caixinha de música, tão meiga, tão "lágrima de emoção".
Dance The Night Away - Vogue / Música da era disco que me cativou profundamente. Descobri-a por ser a primeira faixa de um LP que eu só ouvia a segunda faixa. Gostei dos arranjos.
Pertinho de Você - Elisângela / Acredite. Fico pensando que eu deveria ter escolhido essa música para uma peça que fiz em 2010, ambientada nos anos 70, com a tchurma da discoteca como protagonista. Era uma adaptação de Dom Casmurro. Por isso, quando essa música toca em festas de família, fico imaginando o que eu teria feito com ela.
S.O.S. - ABBA / Faz parte da minha atual lista de "futuros covers que talvez eu nunca faça". Mais uma que ouço pra pensar no que pretendo fazer num possível cover.
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