Elis morreu há exatos 30 anos. Hoje, restaram os vídeos, os livros, os discos, o acervo de raridades disponibilizadas nos grupos de fãs (dos quais eu faço parte). Restou a saudade por parte dos que a viram em vida e até mesmo por parte dos que não a viram, como eu. Ficou a certeza em mim de que sinto algo muito forte por ela, porque só isso explica eu me emocionar com gravações não-oficiais do Falso Brilhante (show que foi um marco na carreira dela) e passar 3h ininterruptas ouvindo entrevistas. E ela merece todo esse sentimento: conseguiu ser, em uma só pessoa, a mistura exata de intérprete perfeita com mulher crítica e consciente. É isso que faz com que nós, fãs, nos emocionemos tanto com ela.
Me pergunto como seria Elis hoje em dia, na aparência e na música. Se o cenário cultural de hoje teria alguma salvação com a presença dela. "Ela era meio que um parâmetro de qualidade", dizem uns. Vai ver por isso a música brasileira decaiu tanto depois que ela morreu. Me pergunto se ela assumiria os cabelos brancos. Se continuaria linda, louca, lúcida e debochada. Não se sabe, pois no meio do caminho tinha uma overdose - verdadeira ou forjada, nunca se saberá - e ao meio-dia de 19 de janeiro de 1982, Elis Regina Carvalho Costa já não estava entre nós. Virou uma estrela. E hoje brilha para nós, nos enchendo de orgulho.
Eterna será tua voz.
Luz de estrela não se apaga.
Indelével morte atroz.
Supra a dor que o canto afaga.

Saudades da Elis, saudades da Julli... vontade de abraçar bem forte as duas - ao mesmo tempo. <3
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