sábado, 10 de janeiro de 2015

Entre a parede e a espada

Eu sempre vou odiar essa suposta maturidade que faz com que as pessoas prefiram deixar pra lá aquilo que incomoda, em vez de tirar as coisas a limpo. Levo muito a sério o meu lema "não posso aceitar sossegada qualquer sacanagem ser coisa normal", como dizem os versos da canção. Pra mim não é sinal de maturidade o "não dar o braço a torcer". Pelo contrário. É covardia. Prefiro mil vezes me jogar na briga, me atirar contra a espada. Mas gosto de ter parceiros pra isso, e me irrita o fato de que mais e mais pessoas aderem a esse modo pragmático de lidar com as coisas.
O fato é que aquilo que dói precisa ser dito. Aquilo que o outro fez de errado, que cortou a sua carne, que te magoou, precisa ser verbalizado. E as pessoas precisam resgatar o bom e velho costume de pedir desculpas pelo que fizeram. Só que isso cai naquela velha questão de que quem sente é fraco, quem cobra respostas é besta, quem espera o mínimo de coerência do outro é um sonhador. Mas que se dane. Quixotescamente vou continuar levantando minha espada e minha bandeira.

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