2014, o ano da catarse, das mortes metafóricas e reais, das vitórias, da intensidade. Foi um bom ano. Descobri muita música interessante, fui a bons shows, consolidei minha relação com pessoas queridas da faculdade, mantive viva a chama das amizades de escola. Tive um desempenho acadêmico acima da média, passei a usar o cabelo cacheado, aprendi a cuidar melhor do toca-discos. Escrevi mais do que nunca, experimentei a fotografia analógica, comprei um celular com meu próprio dinheiro (passei a ter meu próprio dinheiro, aliás). Assisti a filmes interessantíssimos, a maior parte deles devido à faculdade. Estamira, Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei, Bye Bye Brasil, Clamor do Sexo e Psicose foram as melhores descobertas. Esses dois últimos, por influência do mestre Setaro, que se foi na metade desse ano.
Acho que só houve uma área desastrosa da minha vida esse ano, o amor. O que tive de sucesso nas outras áreas, tive de insucesso nessa. Me joguei, caí, bati a cabeça, morri umas quatro vezes, levantei, tentei de novo, chorei. São as consequências de ser demasiado intensa. Sei lá. Fico pensando que, se eu fosse adepta do desapego e da negligência, da suposta independência, tudo seria mil vezes mais fácil. As pessoas andam traumatizadas. As pessoas não querem mais sentir. Preferem se manter na segurança da superfície. Mas eu, que mergulho, hei de achar alguém que goste tanto da profundidade quanto eu.
Em 2015 quero que tudo siga como está: intenso, firme e forte. Jamais me contentarei com pouco. Jamais aceitarei as coisas pela metade, jamais viverei na indefinição. "Não conheço o que existe entre o 8 e o 80..."
Feliz ano novo para as mosquinhas que leem meu blog.
Gostei da retrospectiva, Ju. Feliz 2015!
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