terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Amor leve

Amadureci em relação ao amor. Eu acho. Ando há dias refletindo sobre algumas coisas, agora que me vejo diante de um leque de possibilidades relacionadas ao assunto. O que me tem passado bastante pela cabeça são algumas certezas sobre o que eu não quero ser ou fazer. Coisas que eu já fui um dia, coisas que um dia eu achei legais... posturas que já não me atraem. Não sei se ficar tanto tempo solteira me fez assim, mas é a vida.
Pra começar, acho que não serei mais uma namorada melosa, mimimizenta, dramática. Não me identifico mais com isso. Também não me identifico com aquela postura kamikaze de "eu morreria por você", aquela falta de amor próprio contida no "minha vida não faz sentido sem sua presença". Se tem algo que aprendi com o fim de um namoro de três anos, é que eu consigo sim viver sem a antiga pessoa amada. Dói, é um parto até ficar acostumada. Mas é possível. Não quero ser também uma namorada ciumenta, não quero tentar controlar a vida de quem está ao meu lado, não quero dar chilique por besteira.
Penso em algo mais tranquilo, um namoro no qual haja respeito ao espaço do outro, liberdade. Um amor movido pela vontade de estar perto, e não pelo sentimento de obrigação ou por regras sisudas. Não que isso signifique necessariamente romper com a monogamia. Ainda não me sinto apta a isso. Mas, como eu já disse algumas vezes por aí, acredito numa monogamia mais livre. Sem invasão de privacidade, sem ciúme doentio, sem limitar e oprimir o outro - em especial, a mulher - sem chamar o outro de "meu". Meu. Ninguém é de ninguém... Tudo acaba. Mas isso não é motivo pra deixar de acreditar no amor, e sim pra viver amores mais leves. Faz bem até pra gente. Não nos sobrecarregamos tanto.
Acho que meu eu de cinco anos atrás se espantaria com o que escrevo hoje. Talvez, como eu disse no começo, isso seja amadurecimento.

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