Borboletas no estômago para uns. Mero exercício de línguas e luxúria para outros. Há também quem pense que ele não existe, e quem o idealize demais a ponto de achar que tudo são flores. Há quem pense que está condenado a ficar sem ele. Essa coisa de amor tem várias facetas e é percebida de várias formas. E eu ando redescobrindo a minha experiência com ele dia após dia.
Havia uma Juliana de oito anos que pensava amar e queria viver coisas de gente grande, mas nada sentia. Havia uma Juliana de doze anos que inventava sentimentos e perseguia seus objetos de atração de forma ligeiramente psicótica. Havia uma Juliana de treze anos que se rendeu aos encantos de um amor distante e foi aí que sua vida deu um certo giro. Nessa ocasião ela descobriu a paixão etérea, sublime, impossível, cheia de frufrus. Que ela pensava ser amor, mas na verdade era só um deslumbramento esquisito. Uma história que acabou mal e ensinou muito. E pouco tempo depois surgiu uma Juliana de quatorze anos, mais madura, vendo florescer uma nova rosa do amor no solo do seu coração. Sem pressa, do jeito que tinha que ser, um passo de cada vez. E foi assim que essa rosa se firmou e se manteve.
Desde essa época eu tenho lapidado minhas concepções de amor. No começo inocentes, hoje um pouco mais profundas e cheias de nuances. Acho que hoje sei o que é amor romântico. Está certo que essa descoberta de "o que é amor" é muito relativa, pessoal e intransferível, mas vou tentar resumir minha percepção disso tudo.
Amar é não querer perder a pessoa nem na pior das brigas. Amar é fazer concessões quando necessário. Amar é misturar a mulher, a menina, a namorada, a amante e a amiga. O amor não é aquele mar de rosas com purpurina colorida, mas não é uma selva de espinhos. O amor não obedece a estereótipos, é lindo à sua maneira.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Estrela.
Os fãs, de alguma forma, querem sempre dar um jeito de ter contato com seus ídolos. De se encontrar com eles, de ver se valeu mesmo a pena toda aquela admiração, se o ídolo é acima de tudo uma pessoa comum e agradável. É isso que faz com que a relação fã-ídolo seja mais colorida. Olhando por esse ponto de vista, ser fã de alguém que já morreu é muito tenso porque você já não pode mais ver a pessoa em carne e osso, nem interagir com ela. E se considerando só isso já é complicado, imagina quando seu ídolo morreu bem antes de você nascer. E mais: quando ele foi de uma genialidade e maestria impecáveis na vida e na carreira - e você não pôde ver. É o que sinto, diariamente.
Elis morreu há exatos 30 anos. Hoje, restaram os vídeos, os livros, os discos, o acervo de raridades disponibilizadas nos grupos de fãs (dos quais eu faço parte). Restou a saudade por parte dos que a viram em vida e até mesmo por parte dos que não a viram, como eu. Ficou a certeza em mim de que sinto algo muito forte por ela, porque só isso explica eu me emocionar com gravações não-oficiais do Falso Brilhante (show que foi um marco na carreira dela) e passar 3h ininterruptas ouvindo entrevistas. E ela merece todo esse sentimento: conseguiu ser, em uma só pessoa, a mistura exata de intérprete perfeita com mulher crítica e consciente. É isso que faz com que nós, fãs, nos emocionemos tanto com ela.
Me pergunto como seria Elis hoje em dia, na aparência e na música. Se o cenário cultural de hoje teria alguma salvação com a presença dela. "Ela era meio que um parâmetro de qualidade", dizem uns. Vai ver por isso a música brasileira decaiu tanto depois que ela morreu. Me pergunto se ela assumiria os cabelos brancos. Se continuaria linda, louca, lúcida e debochada. Não se sabe, pois no meio do caminho tinha uma overdose - verdadeira ou forjada, nunca se saberá - e ao meio-dia de 19 de janeiro de 1982, Elis Regina Carvalho Costa já não estava entre nós. Virou uma estrela. E hoje brilha para nós, nos enchendo de orgulho.
Elis morreu há exatos 30 anos. Hoje, restaram os vídeos, os livros, os discos, o acervo de raridades disponibilizadas nos grupos de fãs (dos quais eu faço parte). Restou a saudade por parte dos que a viram em vida e até mesmo por parte dos que não a viram, como eu. Ficou a certeza em mim de que sinto algo muito forte por ela, porque só isso explica eu me emocionar com gravações não-oficiais do Falso Brilhante (show que foi um marco na carreira dela) e passar 3h ininterruptas ouvindo entrevistas. E ela merece todo esse sentimento: conseguiu ser, em uma só pessoa, a mistura exata de intérprete perfeita com mulher crítica e consciente. É isso que faz com que nós, fãs, nos emocionemos tanto com ela.
Me pergunto como seria Elis hoje em dia, na aparência e na música. Se o cenário cultural de hoje teria alguma salvação com a presença dela. "Ela era meio que um parâmetro de qualidade", dizem uns. Vai ver por isso a música brasileira decaiu tanto depois que ela morreu. Me pergunto se ela assumiria os cabelos brancos. Se continuaria linda, louca, lúcida e debochada. Não se sabe, pois no meio do caminho tinha uma overdose - verdadeira ou forjada, nunca se saberá - e ao meio-dia de 19 de janeiro de 1982, Elis Regina Carvalho Costa já não estava entre nós. Virou uma estrela. E hoje brilha para nós, nos enchendo de orgulho.
Eterna será tua voz.
Luz de estrela não se apaga.
Indelével morte atroz.
Supra a dor que o canto afaga.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
2011
Exatamente como a Camila Ferreira faz no seu blog, quis definir meu ano de 2011 em músicas. Mas é uma dificuldade conseguir pensar nas músicas perfeitas. Então definirei em poucas palavras mesmo.
Janeiro: Praia e alegria. Família, sol, twitter no celular. Tudo muito feliz. Planos e expectativas. Doenças bobas.
Fevereiro: Aulas. Recomeçar. Dedicação à música. Conexão com as amizades. Avanços.
Março: Anotações. Cadernos. Problemas. Paranoias.
Abril: Epifanias. Medos. Novos ares, novas paixões ideológicas. Loucura, chiclete e som. Pessoas do passado ressurgem.
Maio: Mesmice. Proximidade. Atrito. O estopim de uma crise.
Junho: Sensação de perda iminente. Vontades e dúvidas musicais.
Julho: Pequenas decepções. Complexo de inferioridade. Afastamento de alguém querido. Jornada industrial.
Agosto: Depressão. Brigas. Tecnologia. A volta de quem se afastou.
Setembro: Música, música, música. Risos. Probleminhas. Rascunhos.
Outubro: Entusiasmo musical. Proximidade problemática. Amor.
Novembro: Fracasso. Resignação. Despedidas. Promessa de solucionar problemas.
Dezembro: Tédio. A mudança posta em prática. Amor. Saudade.
Dias de tédio
Tédio, tédio mesmo. Palavra que certamente é muito repetida no twitter. Situação que leva as fãs de modismos pop a inventar milhões de tags ridículas para aparecer nos assuntos mais comentados da rede social supracitada. Tédio, o culpado pelas gordices de cada dia. Pelas postagens idiotas em blogs, como essa. O motivo que leva mães, senhoras, mulheres e quem estiver em casa à tarde a assistir às centenas de reprises de telenovelas. Todos são assolados pelo tédio, inegavelmente.
E o que eu tenho feito nesses dias de tédio? Algumas coisas absolutamente inúteis, outras até um tanto interessantes. Me dedico a ler besteiras na internet, a escrever contos (como o último que postei), a olhar feeds de redes sociais, a ler blogs de crítica e de entretenimento. Meus hobbies mais recentes: ler monografias sobre Elis Regina, meu ídolo eterno, e jogar Pokémon em emuladores. E ando com saudade daqueles bichinhos virtuais, os Tamagotchi. Também fiz uma playlist no YouTube só de covers de músicas pop e videogame music feitos em piano. Ampla gama de interesses, não?
Confesso que cansa MUITO esse negócio de ficar em casa nas férias. Não é isso que eu quero. Quero sair desse eterno comodismo, em todos os sentidos. Isso é assunto pra outros posts... Mas o que eu realmente queria era estar em Arembepe. Tenho uma grande paixão por aquele lugar, ou pelo menos pela parte da praia que costumo frequentar. Vazia, simples, sem muitos frufrus. Não chega a ser deserta por causa das casas ao redor. Mas não tem boa parte dos farofeiros existentes nas praias de Salvador. Ontem mesmo vi um monte. O fato é que talvez eu esteja lá de novo essa semana. É o que desejo muito. E aqui termina mais um post inútil, fruto de mais um dia de tédio.
E o que eu tenho feito nesses dias de tédio? Algumas coisas absolutamente inúteis, outras até um tanto interessantes. Me dedico a ler besteiras na internet, a escrever contos (como o último que postei), a olhar feeds de redes sociais, a ler blogs de crítica e de entretenimento. Meus hobbies mais recentes: ler monografias sobre Elis Regina, meu ídolo eterno, e jogar Pokémon em emuladores. E ando com saudade daqueles bichinhos virtuais, os Tamagotchi. Também fiz uma playlist no YouTube só de covers de músicas pop e videogame music feitos em piano. Ampla gama de interesses, não?
Confesso que cansa MUITO esse negócio de ficar em casa nas férias. Não é isso que eu quero. Quero sair desse eterno comodismo, em todos os sentidos. Isso é assunto pra outros posts... Mas o que eu realmente queria era estar em Arembepe. Tenho uma grande paixão por aquele lugar, ou pelo menos pela parte da praia que costumo frequentar. Vazia, simples, sem muitos frufrus. Não chega a ser deserta por causa das casas ao redor. Mas não tem boa parte dos farofeiros existentes nas praias de Salvador. Ontem mesmo vi um monte. O fato é que talvez eu esteja lá de novo essa semana. É o que desejo muito. E aqui termina mais um post inútil, fruto de mais um dia de tédio.
assuntos:
pessoal,
verborragia,
vida
domingo, 15 de janeiro de 2012
Amor discreto pra uma só pessoa (conto)
Ele levantava muito cedo para ganhar o pão de cada dia, para repetir uma rotina de escritórios e luzes fluorescentes. Tão acostumado estava com essa rotina que acabou por achar normal repetir sistematicamente suas ações matinais e levar a rotina para casa. Era sempre o mesmo esquema: acordar, ir ao banheiro, tomar banho, barbear-se, lavar o rosto, vestir-se, pentear os cabelos, calçar-se, fazer o café, comer, pegar a mala, sair para trabalhar.
De vez em quando algumas coisas interrompiam essa rotina, o que o deixava bastante abalado. Eis que uma vez ele viu-se sem o pó de café. Irritou-se com o imprevisto e depois consigo mesmo: porque não checou os mantimentos na noite anterior? Pegou a carteira e rumou para a mercearia próxima, que abria bem cedo. Foi nesse dia que aconteceu algo que lhe deu motivos para transformar sua rotina em fumaça. Ou pelo menos deu novos ares a sua vida.
Na fila da mercearia ele sentiu uma fragrância diferente. Não era o perfume da sua mãe. Não era o perfume de nenhuma das menininhas do colégio que ele frequentara há tantos anos. Não era o perfume da sua ex-mulher. Era algo novo, que instigava seus sentidos. Olhou para trás, buscando a dona do cheiro tão atraente. E vislumbrou uma garota fascinante. Baixinha, magra, jovem, ruiva, não devia ter mais que dezoito anos. Trazia uma aura encantadora, uma exuberância simples. E isso sem precisar de roupas chamativas ou maquiagem. Estava de cara limpa, usando uma calça jeans e uma blusa estampada com singelas flores. Não deu outra, ele caiu de amores.
Os dois saíram da mercearia praticamente juntos, mas ele não conseguiu falar nada. Não tentou se aproximar. Apenas ficou acompanhando com o olhar aquela menina, que montou numa bicicleta vermelha e saiu. Só depois que ela virou a esquina, ele conseguiu se mexer. "Inacreditável", ele pensou.
Queria descobrir mais sobre aquela garota, de qualquer jeito. Não a viu por alguns dias, angustiou-se. Até uma manhã na qual ele acordou mais cedo do que o normal, sem querer - tivera um pesadelo somado a um mal-estar. Olhou pela janela e surpreendeu-se com o que viu. A menina passava por ali de bicicleta bem naquela hora. Ele ficou bobo, olhando para ela, como da primeira vez. Suas mãos suavam de ansiedade. Mais tarde descobriu que era normal que ela passasse por ali todo dia, bem naquela hora. Não havia um dia no qual ela não fizesse isso, e só naquele dia ele descobriu isso. Passou a acordar mais cedo só para vê-la passar.
A existência daquela garota tinha mexido com o íntimo dele. Sua vida já não cheirava a mofo, agora só havia o perfume dela por todo lado. Agora ele podia sorrir. Pensava em como seria maravilhoso tê-la com ele e para ele, mas não conseguia se aproximar dela. Pensou em tentar uma amizade, mas de repente desistiu: conhecê-la poderia arrancar o véu da sua imaginação e revelar uma pessoa bem diferente do que ele pensava.
Um dia ela não passou de bicicleta pela rua dele. A preocupação e o medo surgiram. Foi como se o mofo voltasse a brotar na sua vida; seu mundo fez-se tristonho e cinza. Pior do que antes. "Que loucura, hein. Me apaixonar platonicamente por uma mocinha que eu mal conheço. Aí ela some e eu fico assim, na pior". Isso se repetiu no dia seguinte, causando-lhe ainda mais dor. E quando ele já estava disposto a voltar à vida de rotina e resignação, quando acordou no horário de sempre, fez as coisas de sempre, abriu a porta e saiu, viu-se diante de uma bicicleta vermelha parada no portão de sua casa. Lá estava a menina, de costas. Virou-se ao ouvir o som da porta.
- Pode me ajudar, moço? O pneu furou.
"Claro que posso te ajudar, sei remendar pneus muito bem, aliás, quer tomar um café comigo? Não se preocupe, eu tenho dias de folga sobrando, posso faltar ao trabalho. Ah, você tem aula? Deve ser uma boa aluna, não se preocupa. Você é muito bonita, sabia?"
- Acho que posso, sim.
"Venha, tome um café comigo, me deixe tirar esse casaco, sente no meu colo, conte todas as histórias da sua vida enquanto eu afago seus cabelos, me deixe te abraçar e beijar seu pescoço."
Ele foi em casa, pegou as ferramentas necessárias, a ajudou com o pneu sem se importar em se sujar. Ela ofereceu ajuda, mas ele fez questão de tomar o trabalho para si.
- Pronto.
- Obrigada, moço. Valeu mesmo!
A garota montou na bicicleta. Ele sentiu um impulso de gritar e pedir que ela voltasse, mas não conseguiu. Ficou apenas olhando, como da primeira vez.
"Quanta tolice eu penso. Parece que eu gosto de me iludir à toa".
De vez em quando algumas coisas interrompiam essa rotina, o que o deixava bastante abalado. Eis que uma vez ele viu-se sem o pó de café. Irritou-se com o imprevisto e depois consigo mesmo: porque não checou os mantimentos na noite anterior? Pegou a carteira e rumou para a mercearia próxima, que abria bem cedo. Foi nesse dia que aconteceu algo que lhe deu motivos para transformar sua rotina em fumaça. Ou pelo menos deu novos ares a sua vida.
Na fila da mercearia ele sentiu uma fragrância diferente. Não era o perfume da sua mãe. Não era o perfume de nenhuma das menininhas do colégio que ele frequentara há tantos anos. Não era o perfume da sua ex-mulher. Era algo novo, que instigava seus sentidos. Olhou para trás, buscando a dona do cheiro tão atraente. E vislumbrou uma garota fascinante. Baixinha, magra, jovem, ruiva, não devia ter mais que dezoito anos. Trazia uma aura encantadora, uma exuberância simples. E isso sem precisar de roupas chamativas ou maquiagem. Estava de cara limpa, usando uma calça jeans e uma blusa estampada com singelas flores. Não deu outra, ele caiu de amores.
Os dois saíram da mercearia praticamente juntos, mas ele não conseguiu falar nada. Não tentou se aproximar. Apenas ficou acompanhando com o olhar aquela menina, que montou numa bicicleta vermelha e saiu. Só depois que ela virou a esquina, ele conseguiu se mexer. "Inacreditável", ele pensou.
Queria descobrir mais sobre aquela garota, de qualquer jeito. Não a viu por alguns dias, angustiou-se. Até uma manhã na qual ele acordou mais cedo do que o normal, sem querer - tivera um pesadelo somado a um mal-estar. Olhou pela janela e surpreendeu-se com o que viu. A menina passava por ali de bicicleta bem naquela hora. Ele ficou bobo, olhando para ela, como da primeira vez. Suas mãos suavam de ansiedade. Mais tarde descobriu que era normal que ela passasse por ali todo dia, bem naquela hora. Não havia um dia no qual ela não fizesse isso, e só naquele dia ele descobriu isso. Passou a acordar mais cedo só para vê-la passar.
A existência daquela garota tinha mexido com o íntimo dele. Sua vida já não cheirava a mofo, agora só havia o perfume dela por todo lado. Agora ele podia sorrir. Pensava em como seria maravilhoso tê-la com ele e para ele, mas não conseguia se aproximar dela. Pensou em tentar uma amizade, mas de repente desistiu: conhecê-la poderia arrancar o véu da sua imaginação e revelar uma pessoa bem diferente do que ele pensava.
Um dia ela não passou de bicicleta pela rua dele. A preocupação e o medo surgiram. Foi como se o mofo voltasse a brotar na sua vida; seu mundo fez-se tristonho e cinza. Pior do que antes. "Que loucura, hein. Me apaixonar platonicamente por uma mocinha que eu mal conheço. Aí ela some e eu fico assim, na pior". Isso se repetiu no dia seguinte, causando-lhe ainda mais dor. E quando ele já estava disposto a voltar à vida de rotina e resignação, quando acordou no horário de sempre, fez as coisas de sempre, abriu a porta e saiu, viu-se diante de uma bicicleta vermelha parada no portão de sua casa. Lá estava a menina, de costas. Virou-se ao ouvir o som da porta.
- Pode me ajudar, moço? O pneu furou.
"Claro que posso te ajudar, sei remendar pneus muito bem, aliás, quer tomar um café comigo? Não se preocupe, eu tenho dias de folga sobrando, posso faltar ao trabalho. Ah, você tem aula? Deve ser uma boa aluna, não se preocupa. Você é muito bonita, sabia?"
- Acho que posso, sim.
"Venha, tome um café comigo, me deixe tirar esse casaco, sente no meu colo, conte todas as histórias da sua vida enquanto eu afago seus cabelos, me deixe te abraçar e beijar seu pescoço."
Ele foi em casa, pegou as ferramentas necessárias, a ajudou com o pneu sem se importar em se sujar. Ela ofereceu ajuda, mas ele fez questão de tomar o trabalho para si.
- Pronto.
- Obrigada, moço. Valeu mesmo!
A garota montou na bicicleta. Ele sentiu um impulso de gritar e pedir que ela voltasse, mas não conseguiu. Ficou apenas olhando, como da primeira vez.
"Quanta tolice eu penso. Parece que eu gosto de me iludir à toa".
Conto inspirado em: Ilusão à Toa (Johnny Alf)
sábado, 14 de janeiro de 2012
Eu tenho uma playlist...
...uma playlist feita de músicas melancolicamente lindas. Ou lindamente melancólicas. A playlist inteira tem um mood perceptível para quem a ouve. Ares de tristeza e beleza. Sem mais, aqui está.
Nos Bailes da Vida - Cesar Camargo Mariano & Nelson Ayres
B. Day - Agridoce
O Circo - Rita Lee & Roberto de Carvalho
I Want Tomorrow - Enya
Patience - Guns 'N Roses
A Corujinha - Elis Regina
Dançando - Agridoce
Sunseed - Raul Seixas
Modinha - Rita Lee & Tutti Frutti
Romeu - Agridoce
O Que Tinha de Ser - Elis Regina & Tom Jobim
O Que Tinha de Ser - Elis Regina & Tom Jobim
Midnight Blue - Enya
Eu vou indo, correndo, pegar meu lugar no futuro. (ou "a volta de Julli")
Já tive uns trocentos blogs internet afora. Lembro nome e época da maioria deles. O último foi excluído em meados do ano passado porque eu achei que a mecânica do blogger tinha se tornado um pouco obsoleta. Porque eu achava que estava me expondo demais. E porque, como sempre, ninguém dava a mínima pra o que eu escrevia. Eu já devia estar acostumada. Então agora a minha intenção é escrever sem ligar muito pra seguidores. Na verdade eu nem ligava tanto assim... enfim.
Desde que eu criei meu primeiro blog - um dos poucos que ainda existem, e que eu não vou dizer o nome porque é muito idiota - até hoje, muita coisa mudou na minha vida e na minha pessoa. Isso é meio óbvio, porque há um abismo de cinco anos entre esses momentos citados. Mas observando de 2008 pra cá, quando comecei a "blogar" com mais intensidade, eu cresci bastante. Conheci a paixão, a decepção, o abandono, o recomeço, o amor de verdade, algumas coisas mais ocultas. Conheci a raiva, a distância, o perdão, o "nunca mais". Conheci os palcos, a glória, o aprimoramento, os aplausos, o esquecimento de segundos depois. Conheci a verdadeira amizade. Acho que o amadurecimento mais profundo da minha vida deu-se durante esses três anos. E tende a continuar, porque ainda há coisas que eu pretendo viver, conhecer e aprender.
Acho que usarei esse blog para registrar minhas percepções - não tão agressivas como outrora - do mundo que me cerca. Sem mais ambições, sem a ideia louca de tentar ser formadora de opinião - porque houve uma época na qual eu acreditava nisso, podem rir de mim -, contarei minha história. Meu passado e um pouco do meu presente. Obviamente não me desnudarei completamente, mas tentarei depositar aqui um pouco do que penso, sinto e vivo. Começou a viagem.
Desde que eu criei meu primeiro blog - um dos poucos que ainda existem, e que eu não vou dizer o nome porque é muito idiota - até hoje, muita coisa mudou na minha vida e na minha pessoa. Isso é meio óbvio, porque há um abismo de cinco anos entre esses momentos citados. Mas observando de 2008 pra cá, quando comecei a "blogar" com mais intensidade, eu cresci bastante. Conheci a paixão, a decepção, o abandono, o recomeço, o amor de verdade, algumas coisas mais ocultas. Conheci a raiva, a distância, o perdão, o "nunca mais". Conheci os palcos, a glória, o aprimoramento, os aplausos, o esquecimento de segundos depois. Conheci a verdadeira amizade. Acho que o amadurecimento mais profundo da minha vida deu-se durante esses três anos. E tende a continuar, porque ainda há coisas que eu pretendo viver, conhecer e aprender.
Acho que usarei esse blog para registrar minhas percepções - não tão agressivas como outrora - do mundo que me cerca. Sem mais ambições, sem a ideia louca de tentar ser formadora de opinião - porque houve uma época na qual eu acreditava nisso, podem rir de mim -, contarei minha história. Meu passado e um pouco do meu presente. Obviamente não me desnudarei completamente, mas tentarei depositar aqui um pouco do que penso, sinto e vivo. Começou a viagem.
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verborragia,
vida
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