terça-feira, 4 de outubro de 2016
História sem graça
O retorno
Acho que vou fazer disso aqui um diário. Derramar aqui toda a pieguice, as metáforas e a subjetividade que o Medium não me permite. Quer dizer, não me proíbe explicitamente, claro. Mas a natureza da plataforma é outra, né. Não vou me alongar. Enfim, outra coisa que me estimula a voltar pra cá: quem ainda lê blogs hospedados no Blogger hoje em dia? Essa plataforma tão obsoleta e desconectada da realidade web multimídia hiper social... O que me conforta é saber que me achar aqui requer uma certa dose de stalking.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
Encruzilhada
Se fez a encruzilhada. E no meio dela estou eu. Não sei pra onde virar, e a ansiedade me consome por dentro. Não consigo simplesmente caminhar. Como vou caminhar tranquila se o caminho parece tão ameaçador, tão sombrio e pouco receptivo? Há algum tempo eu tinha a certeza de que o sol iria brilhar. E mesmo que não brilhasse eternamente, pelo menos eu o teria por algumas horas, aquecendo minha pele, me fazendo sentir viva. Agora, tudo é mistério, tudo é nuvem, tudo é treva.
Tantas pessoas me dizem que eu já deveria ter me acostumado. Que é errado especular sobre os rumos vindouros. "Let it go", dizem. Siga em frente sem olhar pra trás e para o lado. Desapegue. Mas eu não sei desapegar. Vivo minha síndrome de bola de meia, bola de gude. E enquanto decido qual rumo seguir nessa encruzilhada, sento à beira do caminho e rascunho prosas mal-cifradas. Prosas que têm uma pretensão de mistério, mas que no fundo são tão transparentes quanto eu. Eu sou pessoa. Sou transparente. E não estou aqui pra jogar.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Agora
quinta-feira, 26 de março de 2015
Parágrafo musical e amoroso
O amor é uma coisa mais profunda que um encontro casual. É a ausência de engarrafamento. Só dura em liberdade. É meio ermo. É como uma rosa num jardim. Tantas músicas o definem com maestria, e eu só discordo de uma, aquela que diz que o amor só é bom se doer. Não. Amor que dói é abusivo, é fatal, na pior das hipóteses. Na melhor, é desilusão. É masoquista e prejudicial pensar que amor bom é aquele que dói. É um tipo de pensamento que nos faz suportar situações terríveis, sofrer todos os tipos de abuso, tudo "em nome do amor". Não. É necessário ter amor-próprio. Que o amor seja, como diz outra canção, "essas coisas muito fora de juízo", mas que o delírio e a loucura mantenham-se no âmbito do êxtase.