Os joguinhos já começam nos primeiros encontros. Na tentativa de criar uma imagem "sexy sem ser vulgar" - ou melhor, algo que agrade ao patriarcado sem chocá-lo com a audácia de ser dona do próprio corpo -, nas recomendações de "deixar o outro querendo mais". Não beijar no primeiro encontro. Não ir para a cama no primeiro encontro (pecado imperdoável!). Não se entregar de vez. Tudo pelo "jogo da conquista". Não fazer com que o outro pense que está no controle. Ah, o controle. Essa coisa que tentam manter logo que o relacionamento evolui e se torna namoro. Ou até mesmo um rolo. Que fique claro, aqui não falo de relacionamentos abusivos, não falo de privar-se das coisas por vontade própria, nem de proteger-se de ameaças. Tudo isso é bastante necessário. Falo especificamente dos joguinhos sentimentais aos quais as pessoas parecem ter aderido.
A ânsia de manter o controle da relação. "Não se doar demais", não demonstrar sentimentos, não correr atrás. Porque quem se importa se humilha, há que se manter um distanciamento. Usar uma armadura, ao que me parece. "Pega e não se apega". Tudo é líquido. E a sinceridade, onde fica? E que fique claro, não faço críticas ao poliamor, à liberdade sexual, nada do tipo (acho ótimo, inclusive). Meu problema é com essas máscaras. Sei lá.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Era uma publicação de facebook, mas eu trouxe pra cá
Você diz que quer mexer com fotografia analógica, todo mundo acha estranho. No entanto, a maioria das pessoas que criticam usam os efeitos dos apps de edição de imagem. Que, obviamente, foram inspirados pelas câmeras Lomo, pelos processos de revelação, até mesmo por aquilo que era considerado defeito ou erro na época da fotografia analógica... Enfim, parece que querem só a parte cômoda, o resultado, sem pensar no processo, sem ter decepções... Daí eu escrevi essa última frase e só consegui pensar na atitude que se tem em relação aos relacionamentos, à vida mesmo, no geral. Armaduras, fugir de erros, um esforço inútil, quando o "se jogar" pode ser muito mais interessante. OK, parei.
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domingo, 4 de maio de 2014
Playlist delirante
Tô aqui nesse final de domingo, fazendo nada, olhando pra tela do monitor e pensando em músicas que me remetem essa sensação de delírio, de psicodelia, de paz. Esse seria o tipo de playlist que eu gravaria numa fita pra ouvir de vez em quando. Não sei se "Aos Meus Amigos", da Maria Adelaide Amaral, livro que estou lendo, me deixou assim ligada nesses lances.
- El Rey - Secos e Molhados
- Le Premier Bonheur du Jour - Os Mutantes
- Fala - Secos e Molhados (menção honrosa pra essa aqui, com requinte de coraçãozinho)
- Trem de Doido - Clube da Esquina
- Blue - 14 Bis
- Alucinação - Belchior (não é exatamente psicodélica, mas tem a ver com o clima)
- Mágica - Os Mutantes
- Assim Assado - Secos e Molhados
- Piece Of My Heart - Janis Joplin
- The Fool On The Hill - The Beatles
- O Circo - Rita Lee
- Planeta Sonho - 14 Bis
- Virgínia - Os Mutantes
Desculpem a repetição de artistas, mas deu vontade.
E tô com preguiça de pôr os links (ninguém vai ouvir mesmo).
- El Rey - Secos e Molhados
- Le Premier Bonheur du Jour - Os Mutantes
- Fala - Secos e Molhados (menção honrosa pra essa aqui, com requinte de coraçãozinho)
- Trem de Doido - Clube da Esquina
- Blue - 14 Bis
- Alucinação - Belchior (não é exatamente psicodélica, mas tem a ver com o clima)
- Mágica - Os Mutantes
- Assim Assado - Secos e Molhados
- Piece Of My Heart - Janis Joplin
- The Fool On The Hill - The Beatles
- O Circo - Rita Lee
- Planeta Sonho - 14 Bis
- Virgínia - Os Mutantes
Desculpem a repetição de artistas, mas deu vontade.
E tô com preguiça de pôr os links (ninguém vai ouvir mesmo).
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